Bate-Volta

• 5:00 Acordo em Brasília.
• 5:20 Arrumo a bendita mala q já devia estar arrumada desde ontem.
  
• 5:25 Esqueci de ligar pro táxi! Ligo pro táxi e peço pro cara correr.
• 5:50 Acabo de arrumar a mala... O táxi ainda não chegou.
• 5:55 Saio do telefone com a mulher do rádio táxi. Ela viu que eu não estou feliz, deve mandar um táxi rapidinho.
  
• 6:15 Descubro que a minha insatisfação não faz a menor diferença pra mulher do rádio táxi. Saio correndo de casa em direção ao ponto de táxi mais próximo.
• 6:20 Pego o meu táxi na Asa Norte. Deveria estar nesse momento no Aeroporto fazendo check-in pro vôo das 7:20.
  
• 6:45 Diferente de uns 3 carros que o meu taxista colocou pra fora da pista enquanto corria pro Aeroporto, eu chego ao eu destino. Faltam 35 minutos pro Vôo.
• 7:00 Chega a minha vez no check-in. Consegui.
  
• 7:01 Descubro que meu vôo era só 8:20. Penso nos 3 carros que foram colocados pra fora da pista.
• 8:20 Embarco pro Rio.
  
• 10:00 Desembarco no Rio.
  
• 10:10 Pego o meu táxi pra Ipanema. Parece que o trânsito tá bom.
  
• 11:40 Chego em Ipanema. O trânsito tava terrível!
  
• 11:45 Faço o check-in no hotel e deixo as malas no quarto. Consegui pegar um bom quarto. Boa ideia essa de fazer o check-in antes de ir trabalhar.
  
• 12:00 Chego no escritório, ligo o computador, e checo alguns e-mails. Tem e-mail de um dos projeto falando que está com problema. Melhor deixar quieto.
  
• 12:30 Saio para o almoço em um restaurante em Ipanema.
• 13:00 Volto do almoço. Me ligam de Brasília para pedir para ver o problema.
• 13:10 Vejo o problema. Descubro que não é tão simples.
• 14:00 Continuo vendo o problema. Não é nem um pouco simples.
• 15:00 Descubro que o problema é $!@#"$%.
• 16:00 Pego a minha mala e faço o check-out do hotel no Rio.
• 16:20 Pego a meu táxi para o Aeroporto.
• 19:20 Embarco pra Brasília.
• 22:00 Chego em casa pra começar a resolver o problema.

Resumo:

• 4 viagens de táxi - 4 horas e 10 minutos.
• 2 viagens de avião - 2 horas e 50 minutos.
• 2 esperas no aeroporto - 2 horas e 55 minutos.

Tempo em traslados: 9h e 55 minutos.

Isso tudo pra almoçar no Rio de Janeiro...
Quem dera a comida estivesse boa....

Só pra quebrar o clima pesado...

Pessoal... teremos um outro post ainda essa semana...

Mas enquanto isso, só pra quebrar o clima, achei esse site fantástico...

http://hasthelargehadroncolliderdestroyedtheworldyet.com/

A tradução do link seria alguma coisa assim:
http://OGrandeColisorDeHádronsJáDestruiuOMundo?.com

Rá!

Vamos continuar no tópico ironias do destino.

Primeiramente, vamos falar sobre aula de abdominais. Encontrei um amigo de tempos na academia. Por coincidência, naquele exato momento, ele entrava em uma aula de abdominais. Trinta minutinhos. Eu, em meu profundo conhecimento do ócio e do sedentarismo, achei que nenhum sofrimento não pudesse ser tolerado por trinta minutos... Os primeiros 10 minutos foram os piores. O outros 20 minutos também foram os piores. Mas depois disso ficou realmente ruim... os outros 15 minutos foram pra #$!@#$ tudo. Sei que isso já soma 45 minutos de aula, mas aparentemente aulas de abdominais não precisam ser cronologicamente coerentes. Os minutos de lá são sádicos...

Depois dos 30 abdominutos (aproximadamente 1h e 50 dos minutos normais), tentei levantar, e tive que rolar de bruços pra ajoelhar. Não estava conseguindo dobrar a barriga pra sentar.

Mas quer saber... não foi nada. Se eu achava que estava com o abdome dolorido, era engano meu. Ele não estava dolorido depois da aula... HOJE ele está dolorido. Dói quando eu levando, quando eu sento, quando eu respiro, quando eu prendo a respiração.

E pra me lembrar da minha dor constante, entramos no segundo tópico irônico: estou gripado. Uma das coisas que a vida acabou de me ensinar, é que um dos melhores exercícios pra o abdome é a tosse. Dói. Dói muito. MUITO. Toda vez que eu sinto ela vindo, dói tanto, que chega dói a perna.

Ai a gente se pergunta... por quê a perna? Bem, eu também não sei, mas dói. A minha hipótese é que o abdome não conseguiu piorar, então começou a atrapalhar quem tava do lado dele, só de sacanagem. Se for isso, dada a posição estratégica, ainda bem que ele escolheu a perna. Têm coisa ali por perto que é muito mais complicada.

Sendo assim, me despeço. Um longo final de semana de TV, video-game e tortura abdominal me espera...

Top 5 Ironias do Destino

• Chegar em São Paulo no dia da Parada Gay para passar 2 dias.
• Viajar acompanhado. Com um outro homem.
• Encontrar uma amiga no bairro da parada gay.
• Essa amiga estar acompanhada de uma outra amiga que foi lá só para o final de semana também.
• Ninguém ser gay.

P.S.: Um curso de 2 dias, justo no dia do orgulho gay. Todos os meus amigos falaram que me viram lá. Cinco me disseram que me viram em cima do trio vestido de homem-aranha, dois na avenida com a roupa de He-Man, e um simplesmente não disse nada, mas me abraçou e perguntou se eu tinha planos pra sexta-feira.

P.S.S.: Quando os comissários de bordo vão começar a admitir que não existe posição do acento que não seja vertical??? As únicas opções são Vertical ou Incomodamente Vertical.

P.S.S.S.: Aproveitando a minha revolta...
“Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”

1. Se eu estou entrando no elevador, significa que elevador está no andar. Senão, a frase deveria ser: “antes de entrar no fosso, certifique-se que existe um elevador neste andar”.

2. Uma pessoa que cai num fosso por falta de um aviso na parede provavelmente vai morrer atravessando a próxima rua. Isso se chama seleção natural, e não devemos tentar impedi-la.

3. Porque o cara não aprova uma lei pra colocar um aviso em todas as portas: “Antes de entrar no próximo ambiente, verifique se ele existe”. Ficaria bem mais genérico, e poderia ser colocado nos elevadores, nas portas de casa, em box do banheiro...

Caderninho de Respostas.

Mais importante do que pensar que se conhece, é reconhecer que você pode estar errado sobre vc mesmo. Descobri várias coisas interessantes sobre mim depois do ultimo post, principalmente baseado em observações das pessoas que me cercam.

• Descobri que esqueço rostos. Simplesmente me esqueci que esquecia rostos. Na verdade, acabei me lembrando que sou um cara esquecido.
• Normalmente sou o último a levantar da mesa, e nunca sou o primeiro a pedir pra ir embora.
• Detesto quando alguém passa como referência "a última esquerda". A gente só percebe que era a última depois que já passou, e ainda fica com a impressão de que foi avisado.
• Sou fã de Alf, o E.T.eimoso.
• Passo horas pensando em um bom nick pra o meu MSN.
• Estou procurando uma parceira de samba (aliás, eu sei que isso não é bem uma característica, mas vou aproveitar a oportunidade).
• Me acho tímido. Sempre achei que era um cara apagado em conversas, mas aparentemente, eu sou meio deslocado as vezes.

Para complementar esse post, vou aproveitar pra responder as perguntas do caderninho da minha irmã (por cardeninho entenda-se um e-mail com título "caderninho").

Sintam-se encorajados a responder por comment ou por e-mail, pois acho muito bom conhecer meus amigos....

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01 - Que horas são?
18:30

02 - Nome?

Judah Barbosa Rodrigues Reis

03 - Quantidade de velas no teu último aniversário?

Duas... uma em formato de 2 e outra em formato de 6.

04 - Tatuagens?

Nenhuma.

06 - Piercings?

Já tive na sobrancelha.

07 - Já foi à África?

Não.

08 - Já ficou bêbado?

Alguns dizem que já aconteceu... eu mesmo, não lembro de nada.

09- Já chorou por alguém?

Muito. E pretendo chorar mais.

10- Já esteve envolvido em algum acidente de carro?

Acidentes corriqueiros.

11 - Peixe ou carne?

Carne.

12 - Música preferida?

Cada semana tem uma. Estou na fase samba, então provavelmente Jorge Aragão.

13- Cerveja ou Champanhe?

Cerveja. Nem se compara.

14 - Metade cheio ou Metade vazio?

Metade cheio. Mas duvido que alguém que veja "Metade vazio" reconhecesse isso.

15 - Lençóis de cama lisos ou estampados?

Lisos.

16 - Filme preferido?

Difícil.... Coração Valente, Perfume de Mulher, Poderoso Chefão I, Moulin Rouge, O Fantasma da Ópera.

17 - Flor(es)?

Aquelas rosas minúsculas que colocam na lapela em casamentos.

18 - Coca-Cola simples ou com gelo?

Gelo e limão. Mas de preferência Nestea Limão.

19- De que pessoa recebeu esse e-mail?

Minha irmã, minha mãe, meu pai.

20 - Quem dos teus amigos vive mais longe?

Minha irmã, meu kulkunhado e meu sobrinho.

21- Melhor amigo(a)?

Em ordem cronológica: João Felipe, Tércio e Américo.

22 - Quem você acha que vai responder a esse e-mail mais rápido?

O anão da dança do quadrado.

23 - Quantas vezes vc deixa o telefone tocar antes de atender?

A quantidade necessária para chegar até ele.

24 - Qual a figura do seu mouse-pad?

Não uso.

25 - Pior sentimento do mundo?

Pena.

27 - O que uma pessoa não pode ter para ficar com você?

Antipatia.

28- Qual o primeiro pensamento ao acordar?
Não é possível... Não pode ser... Já está na hora?!

29- Qual o último pensamento antes de dormir?

Senhor Jesus, obrigado... (normalmente não termino o pensamento e penso nas coisas boas do dia).

30 - Se pudesse ser outra pessoa, quem seria?

O próximo vencedor da Mega-Sena.

31 - O que você nunca tira?
As meias.

32 - O que é que você tem debaixo da cama?

1 caixa de piso flutuante e 1 caixa de porcelanato preto.

33 - Qual a pessoa que talvez não te responda?

A maioria das pessoas que lerem isso.

34 - Quem gostaria que te respondesse?

A maioria das pessoas que lerem isso.

35 - Uma frase:

Uma é pouco... várias:

- A culpa é minha, eu boto em quem eu quiser.

- Urubu na turbina. Não é minha culpa, mas é meu problema.

- É uma cilada, Bino!

- Calma, eu tenho um plano.

- Se vc não sabe quem é o otário do seu trabalho, é pq o otário é vc.

36 - Que dia é hoje?

20/05/2008

37 - Qual livro vc está lendo?

A menina que roubava livros.

38 - Uma saudade:

A comida de Dona Lucília.

39 - Uma característica tua:

Lealdade.

40 - Um sonho:
Viver uma cena como o Tango em Perfume de Mulher...

Sobre quem eu sou...

Tenho facilidade para entender quase tudo, principalmente quando bem explicado. Mas não me peça pra decorar nada. Nisso, eu sou péssimo. Normalmente esqueço o nome das pessoas duas frases depois de ter sido apresentado. E se perguntar outras vezes, o fenômeno permanece acontecendo.

Mas dificilmente esqueço um rosto.

Sou crente. Presbiteriano desde o berço.

Sou consultor em TI, e grande parte do meu trabalho é tentar entender o que diabos isso significa.

Também sou engenheiro de redes, e disso sim, entendo muito menos.

Ex-baterista, atualmente cantor de chuveiro. Faço aula de canto para satisfazer meu narcisismo (e pra tentar encontrar o bendito 'cover belting'). Passo o dia cantarolando, o que normalmente gera muita piadinha.

Adoro samba de gafieira... meu sonho de um encontro perfeito inclui olhares provocantes, conversas agradáveis, e um samba muito bem dançado.

Quando gosto de uma coisa, faço até enjoar. Já tive a fase de baladas, rapel, lutas, counter-strike, malhação, world of warcraft... mas só percebo que é uma fase depois que já passou, então não adianta me perguntar que fase eu estou agora.

Gosto de sushi, temakis, churrasco, carneiro, sorvete de tapioca do saborela, e da 'Hot & Sour Soup' do Sunrise em Norwich, Connecticut. Na verdade gosto de tudo, desde que não tenha coêntro.

Já visitei vários lugares do Brasíl, mas a maioria quando eu ainda era muito pequeno. Já viajei para os EUA, Grécia, França, Romênia e Polônia... e todas as vezes, fiquei louco de saudades de Brasília depois de 2 semanas...

A melhor refeição da minha vida foi um carneiro em um restaurante chamado Orizontes em Atenas... Mas a melhor sobremesa, continua sendo o sorvete de tapioca do saborela.

Troco qualquer balada por uma boa conversa. Principalmente se essa conversa incluir uma dose de desabafo. Adoro ouvir desabafos, sejam eles pra xingar, pra chorar, ou para rir. De preferência pra os três juntos.

Tento fugir do sofrimento com humor. Isso significa que vou fazer várias piadinhas de humor negro quando eu estiver passando por um período difícil. Quem me conhece, sabe... mas nem sempre entende...

Sou apaixonado pelos meus amigos. Companheiros das mais diversas atividades. Baladas, barzinhos, pra chorar, pra sofrer, pra sorrir, pra falar besteira (esses eu tenho muitos), pra ligar 00:30 e falar que preciso de companhia (esses, já são bem raros)... Descobri a pouco tempo que alguns são melhores do que outros dependendo do tema, e ninguém é obrigado a gostar de tudo... mas alguns se superam em vários tópicos...

Já sofri dores que imaginei que não fosse suportar. Vazios que de tão intensos me traziam dor física. Mas foi nesses momentos que eu tive oportunidade de me conhecer... afinal, "mares calmos não fazem bons marinheiros"...

Acho horrível quando o silêncio pesa. Com algumas pessoas o silêncio incomoda. Com outras, é poesia...

As brincadeiras e as conversas são importantes... mas para alguns momentos, importa que a compania seja o suficiente.

É essa pessoa que eu quero ser....
E é dessas pessoas que eu quero me cercar...

'Eu Te Amo' não é 'Bom Dia'...

A primeira vez que eu disse "Te Amo" para uma pessoa, na verdade eu não disse. Isso pode não fazer o menor sentido, mas foi exatamente o que aconteceu. Passei a maior parte da minha adolescência com medo dessa declaração, porque isso pra mim sempre foi um negócio muito sério.

Consegui sobreviver incólume até meus 17 anos. Um dia fui deixar minha namorada em casa, e ficamos namorando na porta. Quando ela se virou para ir embora, segurei sua mão e disse "Tchau". Ela parou... virou.. olhou nos meus olhos sorrindo e disse: "Te amo também". Essa foi a primeira vez que eu percebi que minha dicção não é das melhores, e o como um "Tchau" mal vocalizado pode ser confundido com "Te Amo". E agora?

"Não, não, não! Calma ai... olha só... talvez eu não tenha me expressado direito... 'Tchau' ... Não 'Teaumo'... T C H A U !"

Não... eu não falei isso. Quer dizer... falei constante na minha cabeça, mas a frase nunca saiu da minha boca. Talvez devesse, mas só de pensar no embaraço da situação seguinte, preferi sustentar.

Pense em um homem mal sucedido em uma conversa. Com 5 segundos e 1 palavra, consegui dizer o que não queria, e não dizer o que queria. Não que tenha sido um sofrimento. Gostava muito da minha namorada, e já estávamos juntos a bastante tempo. Mas eu tinha planos para esta frase. Era uma frase de estimação... como um vinho sendo cuidadosamente envelhecido... como o colecionador que não abre a embalagem.

Aliás, acho que poucas frases no mundo são tão complicadas como essa. Eu particularmente acho uma frase meio egoísta. Egoísta porque tira da pessoa a escolha da resposta. Quais são as possíveis respostas para um "Te Amo"?

"Obrigado"... "Te acho 10!"... "Muito boa escolha"...

Não... a única resposta que não vai fazer alguém querer enfiar a cara num saco de pão e desaparecer eternamente é "Eu te amo também".

Mas não para mim... a mesma coisa, a mesma falha vocal que me aprontou essa cilada, me salvará de um "Te Amo" não-desejado pelo resto da vida:

"Te amo!"
"Tchau também! Tchau pra valer! Tchau mais do que tudo nessa vida!!!"

Sobre o que acredito...

Acho que não existe nada tão especial quanto ser presenteado pela vida. Um presente dado pela vida normalmente não deixa mais do que uma lembrança, mas é tudo que precisa ser deixado.

Uma das melhores lembranças que tenho de juventude foi uma caminhada. Em uma tarde despretensiosa no acampamento da Igreja do Planalto no El-Rancho, saímos João Felipe, Vitor, Zieg e eu para fazermos uma trilha. Do lado do refeitório do acampamento passa o rio Corumbá, e por ele seguimos por umas 2 horas, até chegarmos no topo do Salto de Corumbá. O dia estava claro, com algumas nuvens brancas espalhadas, permitindo uma agradável mistura de calor e sombra.

Plenitude é uma boa palavra para explicar o que senti no topo daquela cachoeira, com o barulho da queda d'água, sentado em uma piscina de água fria (simplesmente perfeita depois de uma longa caminhada debaixo do sol e da mata fechada). Não me lembro de algum outro momento em que a vida fizesse tanto sentido. A simples felicidade de existir, e poder estar ali, naquele momento.

Espontaneamente nos juntamos para orar. Não me lembro de quem foi a idéia, e também nunca foi objetivo de nossa trilha, mas foi algo que fez muito sentido. Agradecer o presente. Agradecer por viver aquilo tudo. Simplesmente agradecer.

Descemos a cachoeira, e refizemos o nosso caminho de volta ao acampamento. Era um acampamento religioso como muitos outros que eu já fui, e mesmo assim, uma das minhas maiores experiências espirituais aconteceu no topo da cachoeira. Nenhum pastor, nenhuma pregação, mas definitivamente com a presença de Deus.

Não me entendam errado. Sou presbiteriano, e sempre fui criado na igreja. Vivi nela grandes momentos (alguns muito pouco religiosos), e posso dizer que grande parte do que eu sou devo a ela. Mas se alguém quiser entender qual a minha religião, tente entender aquele momento, no topo do Salto de Corumbá.

Moonwalker Runner

Me desculpem a demora pra escrever, mas esse lance de inspiração é complicado. Passei umas 2 semanas pensando no que eu poderia escrever no meu próximo post, mas nada aparecia. E quando vc resolve criar algo sem estar inspirado, corre o risco de virar mais um capítulo de Zorra Total, Turma do Didi ou 10.000 AC.

Mas de maneira alguma posso deixar de honrar as pérolas que me são oferecidas pela vida.
Por exemplo, no exato momento em que escrevo essa frase, olho pela janela e vejo um rapaz fazendo uma bela caminhada pela rua, mas andando de costas... Não me perguntem o por quê, mas ele já está completando a volta no bloco. Inclusive, por falar nisso.... por quê?

Hoje deve ser um dia de novidades, pq almoçando um Sushi com meu amigo João Felipe, presenciei uma cena memorável. Estamos no Sumo comendo como quem não confia no amanhã e vendo uma performance de um menino de uns 6 anos cantando Yesterday. De repente o menino some. Daqui a pouco começamos a ouvir de fundo uma criança chamando: "Mãe.... Ow mãe... Mãnheeeee...". Estava de costas para o restaurante, mas pude ver a cara do João dizendo: "Perai... peeeeera ai.... aquilo não está acontecendo...". Quando eu viro, o pequeno Paul McCartney está no banheiro, de portas escancaradas, calças arreadas e sentado na privada. Não me lembro bem se foi nessa hora que começou nossa crise de riso, ou se foi quando a mãe percebeu o quanto o menino estava se sentindo em casa, e saiu correndo para o banheiro gritando um "Ai meu Deus!".

A semana passada ainda fui agraciado com três passagens que devem ser documentadas: a primeira certamente é de Júlio Gomes, que em um momento de mais pura sabedoria falou:

Se vc quer acabar com o seu namoro... abrace um Bode...

O Júlio é um cara nordestino e esquisito o suficiente pra eu acreditar que essa frase foi literal. Depois dessa, fui presenteado pelo seguinte diálogo:
- Olá, Judah. Aonde está o seu crachá?
- Pois é... Hoje eu esqueci em casa.
- Então você vai ter que pegar um provisório. Não podemos deixar ninguém entrar sem crachá.
- Tudo bem.
- Você não pode esquecer o crachá.
- Eu sei. Eu deveria estar com ele, mas sem querer, ele ficou em casa. Por isso eu falei que esqueci.
- Mas vc tem que se lembrar de não esquecer o crachá.

Depois dessa dica de me lembrar de não esquecer de lembrar de levar o crachá, nunca mais esqueci de lembrar de lembrar de que não deveria esquecer de levar o crachá.

Pra fechar com chave de ouro, estamos sentados no trabalho sacaneando alguém que usava piercing. Gracinha pra cá, estória pra lá, e nosso amigo William (nome fictício) começa a ficar inquieto. Em um breve momento de silêncio, ele não aguenta a tensão e solta:
- É melhor eu contar antes que vcs descubram...

Obviamente, depois de uma declaração dessas, ele ganhou a atenção de toda sala.
- Bora rapá... começou, agora fala!
- Tá bom... Eu tenho um piercing no mamilo...
- William... pelamordedeus... pra que diabos vc colocou um piercing no mamilo?!
- Ué... a mulherada se amarra!
- William... por favor, me diz que vc não chega em mulheres mostrando o seu mamilo.
- Claro que não... Mas vai dizer que vcs só vão pra festas em que ta todo mundo vestido?

Pausa dramática de quem nunca esperava ouvir essa pergunta...
- SIM! SIM! Todas as festas que eu vou, o pessoal sempre está vestido!

A resposta para mim era tão obvia, que eu demorei uns 3 segundos pra entender que não era uma pegadinha. Mas é bom pra aprender que existem mais versões de festas do que as que eu normalmente frequento.

Pois bem... de agora em diante, vou tentar lembrar de não esquecer de escrever no blog toda semana. Mas caso eu me esqueça, por favor, me lembrem...

Judah Ewald Filho

Se você assistiu e gostou de "10.000 A.C.", ou se não gosta de saber nada do filme antes de assistir, esse post não é pra você. Digo isso pq estou prestes a 'desembestar' falando mal do filme... O combinado não sai caro...

Vamos começar logo a sessão "Falando Mal, com Judah Reis".

Pra quem não assistiu, mas mesmo assim vai ser curioso o suficiente para continuar lendo, deixa eu passar a sinopse do filme:

Uma tribo em 10.000 AC, formada por pessoas que parecem cursar antropologia na UnB, é atacada por vendedores de escravos e levada para trabalhar no Egito. O mocinho estava curtindo de "sem amigos" do lado de fora da tribo quando isso aconteceu, e depois viaja meio mundo pra salvar o pessoal. Neste meio caminho ele enfrenta mamutes, tigres dente-de-sabre, e papagaios-avestruz-velociraptors. Sim, o bicho era essas três coisas juntas. Ou mais. Dava pra ver que a direção do filme fez um brain-storm para decidir que bicho seria, e não desperdiçaram nenhuma idéia. A tribo do mocinho, junto com outras tribos que foram capturadas no meio do filme, foram trabalhar na construção das pirâmides.

O cara tem que ter muito cuidado com o enredo que envolvem grandes civilizações. O nosso protagonista acaba matando o faraó, destruindo o palácio e libertando todos os escravos do egito. Têm apenas um contra-tempo histórico... Quem diabos terminou de construir as pirâmides???

Outra coisa ridícula é o cara matando o faraó. Com certeza o autor do filme assistiu "300" no dia que escreveu aquela cena. Mas ao contrário de 300, o nosso bob-marley acerta a lança em cheio no faraó, que surpreendentemente ainda cai pra frente (?!) e vai rolando escada a baixo.

Vou pegar mais leve na questão geográfica, pq tenho muito pouco conhecimento nessa área. Mas mesmo assim, algum geógrafo de plantão poderia me falar aonde se localizaria uma tribo que vivia em invernos de neve rigorosa, sai caminhando até a África sem ter que atravessar nenhum rio ou oceano.

Por último, e isso já é uma opinião bem pessoal, acho que existem coisas que não se deve fazer em um filme. Encabeçando a lista do "não faça" está o item "Ressuscitar". O autor tem que resistir a essa tentação. Se morreu, morreu... agora sustenta. Se não tem coragem de sustentar, não mata. Mas matar a menina pra depois 30 segundos ressuscita-la na maior cara de pau, é coisa de covarde.

Acho que toda morte com ressurreição podia ser substituída, sem perdas para o enredo, por um CTRL+Z parando justo antes da pessoa morrer. A única história que não se enquadra nisso é a de Jesus, e isso porque teve que ser escrita por Deus. Estou para ouvir uma outra história com ressurreição que deu certo.

É por essas e outras que eu dou dois polegares para baixo para 10.000 AC. O único bom motivo para assistir o filme, é depois me ligar pra gente falar mal dele.

Some Tea?

Tem horas que ter um blog é fantástico. Um exemplo disto é quanto você pode relatar fatos tão surreais quanto o que aconteceu ontem.

De certa forma ainda é uma homenagem ao meu amigo Rodrigo, que sempre viveu em um mundo diferente do nosso, mas agora vai viver em uma cidade diferente também.

Estou pensando em uma forma de colocar isso em um texto, mas na verdade, precisava ser representado. Então eu vou aproveitar o conselho de minha amiga Thais, e vou escrever um roteiro:

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1o. Ato - É por isso...

Fade in

Noite, uma casa do Rodrigo, com quintal e varanda, final de churrasco. Carlo, Luiz, Daniel, Gabriela e Judah, sentados em uma mesa na varanda da casa. Câmera à cabeceira da mesa, foco nos participantes conversando trivialidades, no fundo a churrasqueira, pessoas tortas dançando funk, e uma fila irritada de pessoas em frente ao banheiro pq alguém se trancou lá.

Sete segundos.

Câmera na outra cabeceira da mesa, deixando em foco Daniel, Gabriela, Judah e de fundo uma cerca com uma porta de entrada para o jardim.

Rodrigo já muito torto de tomar cerveja desde as 10 horas da manhã passa pela porta e para à cabeceira da mesa.

Câmera superior, deixa em foco Rodrigo, Daniel, Gabriela. No fundo a porta de entrada para a casa fechada.

Rodrigo vira-se para Daniel e Gabriela e tenta começar a fase umas duas vezes.

Rodrigo:
"Ow... ... ... Ow!... Mas vocês querem saber pq vcs dois estão namorando?"

Todos se viram para Rodrigo. Alguns segundos para ele se lembrar que ele estava falando:

Rodrigo:
"Ow... eu vou falar pq vc dois estão namorando..."

Neste momento, uma pessoa passa pela mesa e tenta abrir a porta da casa.

Rodrigo:
"Ow!!! Tá louco??? Meu pai e minha mãe estão dormindo maluco... a festa é aqui fora... Onde vc pensa que ta indo???"

Pessoa:
"Po... tava indo la na cozinha.."

Rodrigo:
"Na cozinha??? Fazer o que na cozinha???"

Pessoa:
"Po... sempre tem uns pãezinhos lá... to com fome..."

Rodrigo:
"Ta louco? Tem essa #%$#$% de pãozinho não! Ta maluco!"

Rodrigo se vira pra Daniel e Gabriela:

Rodrigo:
"Ta vendo! É por isso q vcs estão namorando..."

Judah:
"Mas ein?!?!"

Rodrigo:
"É isso mesmo..."

E sai andando em direção ao funk.

Fade out

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Ta vendo?! Isso partiu do mesmo cara que durante uma conversa no Skype com umas 20 pessoas falou:

Rodrigo: "É isso ai... então vamo pra casa de fulano tomar um chá"
Judah: "Ta doido Rodrigo? Ir pra casa dos outros tomar chá? Que chá é esse?!"
Rodrigo: "Não sei... depois q eu tomo o chá, eu nunca me lembro de perguntar"
Judah: ?!?!?!?!

É uma figura...

Rodrigo e Camila.... Deixo aqui o meu abraço e o voto de que tenham muita sorte e felicidade em São Paulo. Não deixem a cidade grande estragar vocês.

500 ml

Tenho que acreditar mais no título das coisas. Comecei a ler "Memórias de minhas putas tristes" de Gabriel Garcia Márquez. Qual a minha surpresa de descobrir que se trata das memórias de putas tristes do cidadão?! Eu sempre acho que as pessoas vão tentar dar títulos criativos para suas obras, mas acabo sendo surpreendido pelo óbvio. Estou com medo do que esperar de "O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu".

Mas voltando aos momentos de filosofia. É curioso como aprendemos a conviver desde cedo com coisas que se tornam verdades na nossa vida. Tenho um exemplo muito bom. Desde pequeno adoro Yakult. Era a maior alegria quando minha mãe comprava, e sempre que que podia, ia na cozinha pegar um na geladeira. Quando eu me sentia extravagante, me esbanjava em uma segunda garrafinha. Mas sempre aquele pouquinho... regulado... foi sempre uma coisa mal resolvida na minha vida.

Essa semana eu decidi: "Eu vou matar minha sede com Yakult". Estava acertado. Nada de 1 ou 2 potinhos... eu iria começar a tomar yakult, e só iria parar quando não aguentasse mais. Comprei logo 2 pacotes. Cheguei em casa, me desfiz das garrafinhas e despejei tudo em um copo de 500 ml. Deixei o restante perto, pois se aquele meio litro não me satisfizesse, ainda tinha 4 potes pra o arremate.

Uma experiência única... 500 ml de Yakult, tomados de uma só vez, em uma só golada, sem parar nem pra pegar fôlego. Me senti a mais bem sucedida das crianças. Deu vontade de ligar para o meu sobrinho de 4 anos só pra tirar onda...

Meia hora depois, algo me impediu... e continuaria me impedindo umas 3 vezes durante a noite. Aparentemente, existe um bom motivo para não se consumir meio litro de Yakult de uma só vez. Acho que existe uma rixa entre os lacto-bacilos vivos, e a sua flora intestinal. As duas frentes deixaram bem claro que só poderia haver uma... e estavam dispostas a levar isto as últimas conseqüências.

Foram 2 dias de confronto árduo, até a o exército da flora intestinal conseguir recompor suas tropas e tomar o intestino de volta.

No final das contas, acho que alguns dos sonhos acabam não sendo exatamente aquilo que imaginávamos. Nenhum dos meus sonhos foi semelhante a minha expectativa. Alguns melhores, outros piores, mas na sua maioria, simplesmente diferentes. Ainda assim, bons momentos, que ficam para sempre...

Tudo que é bom dura o suficiente para ser inesquecível.

El Zorro!!!

Quer saber... eu não devo nada a ninguém...

Então, gostaria de deixar bem claro que, sim, eu faço aula de dança de salão. E sim, eu faço aula de canto. E não, eu não estou ensaiando pra uma nova montagem de “Priscilla, a rainha do deserto”. E vou além... to querendo fazer aula de francês. Acho importante esclarecer isso. O mais importante é que tudo isso não muda minha orientação sexual.

Resolvi deixar isso claro, por que dentro em breve quase todos vcs irão presenciar algum dos meus vergonhosos exercícios vocais. Ou então alguma tentativa de reprodução de um passo de Samba de Gafieira que eu tenha aprendido.

Mas certamente, o mais importante é o Tango. Tenho certeza que minha vida irá passar por um momento dramático em que eu precisarei dançar Tango. Não me pergunte onde, quando ou porque. O mais importante é que eu estarei de chapéu preto, suspensório e sapatos bi-colores envernizados. E antes que me perguntem, eu também não faço a menor idéia de porque estarei usando essa roupa neste dia...

Foi aí que eu pensei em fazer aula de canto. Primeiro por que eu gosto da minha voz. Segundo, pq eu acho que depois do meu momento dramático dançando tango, uma música vai cair muito bem...

O francês será para ter uma chance deste momento acontecer em Paris. Já que eu não sei quando ou onde, é melhor estar preparado para todas as opções.

Para documentar, tenho que registrar alguns momentos fantásticos da semana passada:

• A pizza na casa dos meus pais no meu aniversário.
• Meu pai jogando meia garrafa de absolut fora, pq a garrafa era bonita, e ele queria guardar água!
  
• Meu sobrinho de 4 anos ligando de Curitiba e cantando feliz aniversário para mim (melhor presente).
• As histórias baixíssimas do Marra, Tércio e principalmente Beto no meu aniversário.
• Jogo de "Imagem e Ação" na casa da Thais, com um highlight pra performance da Anna conseguindo acertar a cartela inteira, sendo que um dos itens era "Confederação Brasileira de Futebol" (?!).
• Momentos fantásticos de filosofia madrugadas a dentro na Kitnet (que é um bar, e não um apartamento).

Diga-se de passagem, vou terminar com uma das minhas experiências na Polônia, oportunamente recordado em uma das conversas na Kitnet.

Dia frio (aliás, não teve dia na Polônia que não fosse frio), saio eu e meu amigo Elcio para uma caminhada por Varsóvia. Andávamos despretenciosamente pelo centro noturno da cidade, quando nos deparamos com fuscas. Fuscas na europa já são uma coisa bem rara de se ver. Mas 5 fuscas verdes parados, com interior de oncinha e babados na janela, realmente é de chamar a atenção.

"The Mexican" era o nome do estabelecimento. Por uma coincidência impressionante, o Pawell, um dos nossos conhecidos na Polônia, tinha comentado sobre o restaurante, e tinha nos dado boas recomendações. Boa cerveja, decoração legal, preço bom...

Pois bem... estamos em uma cidade que a única coisa que sabemos é que fez parte de um pacto, e encontramos um restaurante com boas referências. Não pensamos duas vezes. Depois de uma meia hora, algumas cervejas e várias tortilhas depois algo inusitado acontece...

O som pára... Todas as luzes do restaurante se apagam... Um holofote ilumina a saída da cozinha... De repente pula um cara todo de preto com capa, chapéu e mascara segurando um prato de cheese cake e gritando:

EL ZORRO!!!

Eis que Zorro sai correndo, deixa o cheese cake na mesa de alguém, faz uma pose, grita novamente "El Zorro", e volta pra cozinha. A música volta, as luzes se acendem e tudo volta a normalidade. O fato se repete umas 3 ou 4 vezes durante a noite, quando notamos no cardápio a nota:

Cheese Cake
PLK 8.95
* Este prato sempre será entregue pelo zorro

Naquela hora, me ocorreu como o Pawell tinha descrito o restaurante. Como o cara me esquece de mencionar o Zorro?! Tem um Zorro entregando cheese cakes, e isso não chama a atenção? É tipo o cara morar em frente ao Maracanã e passar como referência a padaria do José! Inacreditável

Pois bem... relembrar é viver... Bjos e até breve!

My eyes!!! It burns!!!

Estou percebendo que minha vida está com muita novidade pra manter apenas um post por semana... vou ter que aumentar a dose. E o pior é que surpreendentemente a quantidade de fatos que precisam ser registrados não para de crescer.

Como temos que começar por algum lugar, vamos começar com um telefonema bizarro recebido ontem às 15:00.

Tércio: Eae... ta lembrado da colação de grau do Marra na UnB? Depois vamos pra o churrasco dele no ASBAC.
Judah: To sabendo... estarei lá.
Tércio: Então chegue na hora...
Judah: Vou tentar...
Tércio: Vai tentar não... chegue na hora... E leve 30 reais...
Judah: Mas ein?!
Tércio: Não pergunte... 8:00, 30 reais...

O som de fundo da conversa foram os risos de "criança fazendo arte". Certamente ele estava acompanhado. Certamente estava fazendo arte. E certamente não eram de crianças que eu estava ouvindo.

Chegando na UnB, descobri que na verdade eram 5. Comigo 6.... o sétimo, estava se formando. Vcs podem se perguntar pq eu estou passando a quantidade exata de pessoas. Mas isso é muito importante para entender o risco que vc corre quando têm 1.65 de altura e está se formando em administração.

Seus amigos podem entrar na sua colação de grau fantasiados de anões...

O meus sentimentos de "eu não vou conseguir me livrar deste mico" e "Meu Deus! Permita que ninguém me reconheça" nunca foram tão intensos. O público do centro comunitário entrou no clima quando chamaram o nome do Marra. Foi emocionante aquele pessoal todo em coro: "Eu vou, eu vou... pra casa agora eu vou..."

O acontecimento em si já seria memorável o suficiente, mas o pessoal se supera. Não sou amigo de nenhum gênio da ciência ou dos esportes. Mas se existisse um prêmio nobel de bobagens, eu ia conhecer todos os indicados... No final da cerimônia, o Marra tira de dentro da toga um cartaz e começa a desamarrar... termina... olha pra frente... abre o sorriso... e finalmente fica de pé levantando a faixa:

EU TO PELADO!!!

Pense nas senhoras fechando os olhos, no choro das crianças, as mães tapando os olhos dos filhos, os homens morrendo de rir... E o Marra lá em cima do palco com sua toga (que eu nunca fiquei tão feliz de ser preta), rindo, como se fosse o Cafu levantando a taça no penta.

A única coisa que me restou foi querer acreditar que era só uma brincadeira... e que, por Deus, vento nenhum levantasse aquela toga...

Outras cenas memoráveis aconteceram no churrasco, mas ai isso já é assunto pra outra hora. Por enquanto, vamos simplesmente nos sentir felizes por não termos visto mais do que o suficiente...

P.S.: Não to com tempo de fazer a revisão deste post, então vcs vão ter que aguentar todos os meus erros de redação...

É lacônico, mas nada subreptício...

Terminei de ler "O caçador de Pipas". Uma dica pra quem quiser ler o livro mas não sofrer: a situação só piora... Quando vc acha que o cara chegou no fim do poço, vc descobre que ele chegou no fim do poço jogado pelo filho e pela mãe, após ser espancado e diagnosticado com câncer, estuprado e ver seu time perder a 40 segundos do final. Me assusta o cara que consegue pensar em tanta coisa ruim pra acontecer na vida dos outros.

Esse final de semana foi foi marcado pelo retorno da minha irmã e do meu 'trocadilhoso' cunhado. Nunca escondi de ninguém que acredito que os trocadilhos são a forma mais cretina e primitiva de manifestação da mente humana. Está cientificamente comprovado que até macacos conseguem fazer trocadilhos. Eles simplesmente não fazem por que acham estúpido e não estão dispostos a se rebaixar a tal nível.

Foram vários momentos de filosofia neste final de semana. Não é interessante como todos os vinhos são produzidos utilizando sempre a mesma receita? Veja bem, é só vc colher uva, tirar o suco (tomando o cuidado de deixa-las serem pisoteadas por camponesas em vestidos de saias longas em uma bacia de madeira), depois deixar fermentando por algum tempo, e então colocar em uma garrafa. Todo vinho é feito da mesma forma, e no entanto, são todos completamente diferentes... secos, suaves, robustos, ousados, modestos, convictos, desafiadores... Aliás, nessa era da pseudo-enólogia, acho que uma das coisas mais fáceis é degustar vinho. Olha só:

Muito gostoso este vinho. Ele é bem seguro; diria que é quase pretensioso. É lúcido, mas nada interessante. Chega a ser persistente, porém selvagem em sua essência.

Seja um sucesso vc também no próximo jantar... é só utilizar "O fantástico degustador automático de vinhos"!

Pois bem, assim como a arte de fazer vinho, o meu cunhado Daniel desenvolveu a incrível arte dos "trocadilhos com 'Alho'". Não é um trocadilho fixo como o do Pavê, sempre dito (ou seria cometido) da mesma forma. A arte do trocadilho com 'Alho' tem uma fórmula comum, mas se adapta à ocasião. A forma mais simples seria um "Quer alho?". Essa é a versão "Sangue de Boi" deste trocadilho... mas como todo especialista, meu cunhado consegue elaborar versões bem mais sofisticadas. Entendam bem... eu não disse boa... eu disse sofisticada.

Outra coisa boa dessa última semana... Comprei minha televisão sábado de carnaval na FNAC.com. Na quinta-feira me ligam do cartão de crédito para me dizer que meu cartão havia sido bloqueado por suspeita de fraude. Tive que voltar no site para solicitar uma nova tentativa de combrança. Qual a minha surpresa ao descobrir que ao invés de comprar a minha TV, poderia comprar a TV + DVD Player no mesmo site 10 reais mais barato!!! Depois de não conseguir fazer a atendente do call center entender que eu estava querendo adicionar um DVD no meu pedido e ainda ganhar 10 reais de desconto, fiz o mais fácil. Cancelei tudo, e comprei denovo.

Essa é a vida... enquanto toda complicação que eu tiver me render um desconto e um brinde, que venham os problemas...

Carnaval... Futebol... Não mata não engora e não faz mal...

O carnaval em brasília começou no sábado com uma batatada na casa do Gustavo. Mas afinal, o que vêm a ser uma batatada? Uma batatada é como se fosse um churrasco, ou uma bacalhoada, mas sem carne ou bacalhau. Batatas. Batatas de todos os jeitos: chips, palito, no forno, na churrasqueira... . Uns 8 molhos e uma linguicinha só pra acompanhar. Foram muitas batatas... e depois de duas horas, depois de ninguém aguentar ver mais batatas na frente, o Rubão volta da cozinha e diz: "Talvez esteja na hora de parar de fritar batatas".

Ainda tivemos um momento de "arte na batata". Várias obras foram feitas, mas vou aproveitar o para deixar aqui uma menção honrosa para a arte erótica produzida nas batatas.... o pessoal tem futuro....

Não sei o que me deu no sábado, mas eu acordei com a certeza de que iria dormir possuindo uma televisão de LCD Full-HD. Nunca tinha tido essa impressão na minha vida... mas comprei só uma besteirinha. Quem quiser visitar a criança, ela chega na semana que vêm, quando provavelmente eu e meu Xbox 360 ficaremos incomunicaveis durante todo o resto do mês.

Aí chega o terror do meu final de semana... Pra quem não sabe, eu sou fã de futebol americano. Quem me conhece melhor, sabe inclusive que eu sou muito mais torcedor de futebol americano do que de futebol. Afinal, um esporte que envolve tática, regras complicadas e gente se batendo deliberadamente não têm como ser ruim.

Agora, pense na frustração de um time que bateu todos os recordes do futebol americano de todos os tempos. Maior quantidade de passes pra gol, melhores jogadores, maior quantidade de jogos invictos... uma campanha perfeita. Ainda por cima, esse time conta com outras 2 coisas fantásticas. Primeiro, o principal jogador do time ta pegando a Gisele Bundchen. Segundo, é que é o time que eu torço. Esse maldito time me resolve tomar uma virada de placar faltando 40 segundos pra terminar o jogo! Numa jogada que seria genial se fosse a favor do Patriots, o magrelinho safado do Eli Manning escapou e fez um passe pra um FDP que me segura a bola no capacete! NO CAPACETE! Fazia tempo que eu não ficava chateado desse jeito... e pra piorar, todas as pessoas que estavam assistindo o jogo com a gente tomaram partido do Giants, só pra ver o oco, e saíram comemorando o fiasco. Só faltou o Didi Mocó pra os trapa-defensores do Patriots.

Segundona, precisava esquecer a onda-ruim de domingo. Imagina qual foi a minha supresa ao descobrir que o baile de carnaval do Iate era realmente um baile de carnaval. Eu não sei porque, mas eu sempre achei que esse lance de marchinha de carnaval era coisa de Silvio Santos nos intervalos do SBT. Mas descobri que isso realmente existe. O mais interessante foi descobrir a falta de uma geração no baile... O salão estava ocupado por pessoas até os 20 anos, ou com mais de 28. Aquela faixa de 21 aos 27 estava toda faltando.... Em outras palavras, a festa não possuía nenhum exemplar de pessoa que estivesse em idade útil pra ir pro carnaval de Salvador. Mas pra minha alegria, depois que deu a hora dos 60+ irem pra casa, a banda parou de tocar músicas pré-1980 e entraram na música Baiana.

Ah... pra terminar, não da pra deixar de registrar a frase mais bizarra, cuja a autoria vai permanecer anônima para manter a amizade:
"Cara, vem pro bar! Vai ser muito massa, os meninos estão vindo, e está todo mundo vestido de mulher!"

Dica pra os meus amigos que forem me chamar para futuros eventos: "Muito massa", e "meninos vestidos de mulher" são dois conceitos que não devem ser misturados nunca... NUNCA!

Seu Barbosa, cerviços jerais...

Pra não pensarem que eu sou preconceituoso, vou explicar o que colocou o garçom do Gordeixos em um lugar acima dos engenheiros.

Pois bem.

Depois de uma tarde de pintura de paredes, pendurar coisas na parede do banheiro, desmontara pia e tampar furos (que obviamente errei ao tentar pendurar coisas na parede do banheiro), fomos eu e o Tércio ao Gordeixos. O diálogo que se segue vai ser transcrito Ipsis Litteris.

Garçom: O sr. vai beber?
Tércio: Um guaraná Diet.
Garçom: E o sr.?
Judah: Qual o chopp de vocês?
Garçom: Brahma.
Judah: Ótimo.

Bem... não precisa dizer que o chopp não chegou. E se fosse por isso, tudo bem. O mais interessante foi ele passar 2 minutos depois explicando para nós que eu estava errado, que eu não tinha pedido chopp. Só parou de explicar depois que eu pedi desculpas. Afinal, eu podia muito bem ser um analista do IBOPE, fazendo uma pesquisa sobre o mercado cervejeiro de Brasília. Ou simplesmente um louco que fica muito feliz quando descobre que um restaurante vende chopp Brahma.

O mais interessante é que, ao contrario da expressão "Ipsis Litteris" em uma frase minha, isso não é a primeira vez que acontece. O serviço esta cada dia pior.

Hoje mesmo, fui atrás de um encanador para arrumar a pia que eu habilidosamente destruí no domingo. Liguei pra ele ontem, e marquei 8h da manhã. Estou 8:10 na frente da banca dele, telefono, e descubro que ele ainda está saindo de casa. E de uma casa longe, pq só chegou na asa norte as 9:10 da manhã. Aproveitei esse meio tempo para ir comprar os materiais que ele iria precisar para arrumar a pia. Chego lá as 9:15 para a segunda tentativa de busca-lo, e descubro que ele foi pra padaria tomar café. Eu diria que começamos com o pé esquerdo, e demos 3 passos pra trás... todos com o pé esquerdo.

Depois de ficar 5 minutos na padaria explicando pra ele que na verdade a minha vida profissional não incluía nenhum item de "esperar o cara arrumar pia em casa", ele terminou de tomar café e foi pra sua banca buscar as ferramentas. Eu esperava uma caixa daquelas bonitas, cheia de chaves de fenda, alicates... Mas o cara me abre um armário em baixo de uma bancada e tira uma caixa de papelão. Começa a fuçar na caixa atrás de um alicate, mas mas a caixa tinha de tudo, menos ferramentas. As ferramentas ficavam espalhadas em todo o resto do estabelecimento. Só do que eu vi ele tirando do armário, tinha: papel, roupa, pedaço de cano, e surpreendentemente um sombreiro de praia. Depois do sombreiro, eu comecei a questionar o profissionalismo do meu empreiteiro.

Mandei um "então mais tarde eu passo ai", voltei na casa de materiais de construção, comprei um alicate, e fui pra o apartamento. A minha lógica era bem simples: se um cara que guarda um sombreiro no lugar que devia estar uma chave-inglesa consegue consertar uma pia, eu preciso conseguir tb. E como já diria Borat: "Great success"!

Agora, entre outras coisas que preciso fazer (além de mais faxina), tenho que colocar essa nova habilidade no meu currículo. Posso até morrer de fome, mas pelo menos, não vou morrer afogado por causa de uma pia vazando.

________ ! (insira algum título criativo)

Pra quem não entendeu o título, estava lembrando daquelas provas do 1o. grau onde a gente tinha que preencher as lacunas...

Coisa horrível é o cara tentar explicar o senso de humor dele, não é? Na verdade, eu acho que a primeira regra do humor é: se você têm que explicar, é porque não vale a pena. Corre o risco de ser muito sofisticado, e as pessoas entenderem só depois de 1 ou 2 dias, o que diga-se de passagem, acontece em quase todos os filmes do Woody Allen.

Minha saga de restauração de casa continua. Depois da saga da geladeira, comecei a saga dos ajustes domésticos. Como toda casa, a minha têm várias coisas que precisavam ser feitas, mas sempre ia adiando. Desta vez, resolvi resolver logo o problema.

Para dar um "quê" de experiência de vida, resolvi fazer todas as coisas por mim mesmo. Afinal, eu sou homem, e mais importante (apenas neste caso), eu sou um engenheiro. Na escala das profissões egocêntricas, perdemos apenas para médicos, advogados e pra o garçom que me atendeu hoje a noite no Gordeixos.

Muitas lições aprendidas com essa aventura:

1. Lixar parede cansa mais do que malhar.
2. Não da para abrir o ralo da sua pia com as próprias mãos.
3. "Gesso de secagem rápida" tem esse nome por um motivo. Eu e o pote de sobremesas aprendemos isso da forma mais difícil.
4. Não deixe a vasilha de tinta no pé da escada quando você precisar pintar alguma coisa lá no alto.

Mas tudo deu certo no final das contas. Ganhei uma bolha lixando a parede, cortes nas mão de tentar abrir o ralo da pia, além da faxina que vai ter que ser feita amanhã. Aliás, o que eu tenho descoberto das minhas últimas experiências, e que facilmente as coisas acabam gerando uma necessidade de faxina.

Para terminar, como falei em Woody Allen, então algumas citações:

A realidade é chata, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife

Às vezes me perguntam por que trabalho tanto. É porque, quando ficar velho, quero pôr meus pais num asilo

Fui criado na velha tradição judaica: nunca me casar com uma mulher gentia, nunca me barbear aos sábados e, principalmente, nunca barbear uma mulher gentia aos sábados

It's ALIVE!!!

Ontem foi dia de arrumar a geladeira... Fazer um controle de qualidade nas coisas que estão la dentro. Foi uma experiência muito interessante. Primeiramente, eu não consigo me lembrar de quando entraram metade das coisas que eu tirei de lá. Mas eu tenho uma teoria para isso. Tinham algumas coisas que já estavam vencidas a tanto tempo, que já não tinham bactérias. As bactérias já tinham evoluído para repteis, e os repteis para mamíferos. Vai ver esses mamíferos acabaram ficando com fome, e compraram as coisas que eu não me lembrava. Na verdade estou exagerando. A única coisa que realmente estava fazendo aniversário era um queijo ralado q estava no congelador.

Uma outra descoberta interessante é que limpar a geladeira gera uma quantidade enorme de coisas pra lavar... Acabou que o dia de arrumar a geladeira virou o dia de lavar louça, que virou o dia de limpar a cozinha, que acabou virando o dia de dormir 2h da manhã fazendo faxina.

Agora eu me lembro pq eu não começo a arrumar as coisas...

Me toquei que uma vez que eu escrevo alguma coisa nesse blog, isso vai ficar registrado pra sempre... Por um lado é bom, afinal, tem coisas que eu realmente quero me lembrar daqui a alguns anos. Por outro lado, imagina quando os meus filhos lerem isso! Vou perder todo o respeito dentro de casa... é preciso ter cuidado.

Pensamento do dia:

Happiness isn't happiness without a violin-playing goat
(Felicidade não é felicidade sem um bode tocando violino)

Na universidade e na São Silvestre, o importante é terminar...

Hoje gostaria de homenagear um grande amigo: Tecão. Esta pessoa fantástica que se forma hoje em História, e portanto, sabe nos dizer exatamente o que foi o Pacto de Varsóvia, e o Levante de 44.

Dizem que não se pode ter uma boa visão histórica de eventos com menos de 8 anos, o Tecão resolveu esperar 8 anos pra se formar. Estou tentando bolar uma boa faixa pra levar pra colação dele hoje a noite... Algumas idéias são:

Tecão,
Na São Silvestre e na faculdade, o importante é terminar...
Parabéns!

Uma outra versão:

Tecão,
Parabéns! Que esse diploma te faça mais feliz em 2005(riscado) 2006(riscado) 2007(riscado)... SEMPRE!

Ou ainda, pegar uma faixa, amarrotar, sujar, remendar e escrever:

Tecão,
Parabéns pela Formatura!
P.S.: Desculpa o estado da faixa, mas ela ta guardada a 4 anos!

Brincadeiras a parte, parabéns pra ele. Agora além de um amigo fantástico, um dos meus compositores favoritos e grande jogador de futebol ele é também um Historiador!

Quem encontrar com ele agora, pode pedir pra ele contar uma História... Ele se amarra mais do que quando me pedem: "Judah, Ajudah!"... aff...

É uma cilada Bino!!!

Pois bem... Ano novo, vida nova, post novo.

Já vou adiantando que vou fazer o meu tradicional voto de ano novo, no qual eu falo que vou voltar a escrever neste blog. E por mais que eu saiba que todo mundo ta cansado de ouvir isso, eu não to nem aí. Quem não gostar, cria um blog pra falar mau de mim.

Na verdade, acabo de reler os meu Plano de metas para 2007, e acho que uma das maiores lições que eu posso tirar do ano que passou é não assumir metas públicas. Afinal, agora estou devendo 10 maratonas, 1 mês de turma do Didi, e uns 30 litros de cerveja.

A minha única resolução real pra 2008 vai ser tentar ter mais criatividade no meu cotidiano. Em um nível muito mais baixo de comunicação eu poderia dizer que vou "quebrar paradigmas". Aliás... abrindo um breve parênteses, uma primeira dica pra quem usa a expressão "quebrar paradigmas": comece tentando utilizar outra expressão. Enfim. Vou inovar... Por exemplo? Já sei o que eu vou dar de presente para todo mundo de aniversário. Pilhas Palito Recarregaveis. Todo mundo tem em casa um controle remoto que está precisando de pilhas. E o pior é que sempre a gente esquece de comprar. E olha que eu rodei o Brasil inteiro nessas férias, e posso garantir que ninguém escapa disso.

É isso ai... Feliz 2008. Que seja melhor que 2007, mas não tanto quanto 2009.