Tuesday, January 29, 2008

Seu Barbosa, cerviços jerais...

Pra não pensarem que eu sou preconceituoso, vou explicar o que colocou o garçom do Gordeixos em um lugar acima dos engenheiros.

Pois bem.

Depois de uma tarde de pintura de paredes, pendurar coisas na parede do banheiro, desmontara pia e tampar furos (que obviamente errei ao tentar pendurar coisas na parede do banheiro), fomos eu e o Tércio ao Gordeixos. O diálogo que se segue vai ser transcrito Ipsis Litteris.

Garçom: O sr. vai beber?
Tércio: Um guaraná Diet.
Garçom: E o sr.?
Judah: Qual o chopp de vocês?
Garçom: Brahma.
Judah: Ótimo.

Bem... não precisa dizer que o chopp não chegou. E se fosse por isso, tudo bem. O mais interessante foi ele passar 2 minutos depois explicando para nós que eu estava errado, que eu não tinha pedido chopp. Só parou de explicar depois que eu pedi desculpas. Afinal, eu podia muito bem ser um analista do IBOPE, fazendo uma pesquisa sobre o mercado cervejeiro de Brasília. Ou simplesmente um louco que fica muito feliz quando descobre que um restaurante vende chopp Brahma.

O mais interessante é que, ao contrario da expressão "Ipsis Litteris" em uma frase minha, isso não é a primeira vez que acontece. O serviço esta cada dia pior.

Hoje mesmo, fui atrás de um encanador para arrumar a pia que eu habilidosamente destruí no domingo. Liguei pra ele ontem, e marquei 8h da manhã. Estou 8:10 na frente da banca dele, telefono, e descubro que ele ainda está saindo de casa. E de uma casa longe, pq só chegou na asa norte as 9:10 da manhã. Aproveitei esse meio tempo para ir comprar os materiais que ele iria precisar para arrumar a pia. Chego lá as 9:15 para a segunda tentativa de busca-lo, e descubro que ele foi pra padaria tomar café. Eu diria que começamos com o pé esquerdo, e demos 3 passos pra trás... todos com o pé esquerdo.

Depois de ficar 5 minutos na padaria explicando pra ele que na verdade a minha vida profissional não incluía nenhum item de "esperar o cara arrumar pia em casa", ele terminou de tomar café e foi pra sua banca buscar as ferramentas. Eu esperava uma caixa daquelas bonitas, cheia de chaves de fenda, alicates... Mas o cara me abre um armário em baixo de uma bancada e tira uma caixa de papelão. Começa a fuçar na caixa atrás de um alicate, mas mas a caixa tinha de tudo, menos ferramentas. As ferramentas ficavam espalhadas em todo o resto do estabelecimento. Só do que eu vi ele tirando do armário, tinha: papel, roupa, pedaço de cano, e surpreendentemente um sombreiro de praia. Depois do sombreiro, eu comecei a questionar o profissionalismo do meu empreiteiro.

Mandei um "então mais tarde eu passo ai", voltei na casa de materiais de construção, comprei um alicate, e fui pra o apartamento. A minha lógica era bem simples: se um cara que guarda um sombreiro no lugar que devia estar uma chave-inglesa consegue consertar uma pia, eu preciso conseguir tb. E como já diria Borat: "Great success"!

Agora, entre outras coisas que preciso fazer (além de mais faxina), tenho que colocar essa nova habilidade no meu currículo. Posso até morrer de fome, mas pelo menos, não vou morrer afogado por causa de uma pia vazando.

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