One Lamb to rule them ALL

Cara, eu já passei por alguns apertos aqui na Grécia, mas hoje devo dizer que foi um dia bom. Quero dizer, o dia mesmo foi normal. Trabalho das 9 às 20, umas 2 reuniões no meio do caminho, uns sanduíches com azeite no meio do caminho (afinal, acho q os gregos ainda não foram apresentados nem pra manteiga, nem pra maionese), ou seja, o de sempre. Mas no final do dia, eu finalmente consegui criar uma Cross-Connection ATM-SDH em um DSLAM Siemens usando uma conexão corba com o NMS. Pra vcs terem idéia da dificuldade disso, é só vcs tentarem entender o que essa frase significa.

Pois bem, depois de vencer essa batalha homérica (entenderam? Grécia? Homérica?), eu tinha que sair pra comemorar. Então eu fui parar no restaurante mais chique da Grécia: Orizontes. Sem mentir, nunca vi uma combinação tão perfeita de paisagem, ambiente, comida, e dinheiro. Afinal, foi a primeira vez que paguei 15 reais por um cafezinho. Mas tinha três bons motivos pra essa ostentação. Primeiro era uma comemoração de um feito olímpico (entenderam?! ). Segundo, não sou eu quem ta pagando essa conta. Terceiro, quem vai pagar a conta vai pagar em euro, então o café vai custar somente 4.5 Euros.

Mas o foco principal não é o café. A refeição iniciou-se com uma taça de um vinho tinto italiano (safra 2001), couver e um creme de batata levemente apimentado. Eu elogiaria a sopa, mas acho que isso ia tirar um pouco a glória do que está por vir.

O cordeiro do Orizons definitivamente merece um parágrafo só pra ele. Imaginem que um ser humano pode vir a realizar grandes feitos em sua vida, como é o caso de Gandhi, Malcon X, ou o cara que carcou a Cicarelli no mar (que é definitivamente o maior ídolo brasileiro). Pois bem, o carneiro que morreu pra virar o meu jantar definitivamente pode ser considerado o Gandhi dos carneiros. Afinal, o que foi realizado através dele foi magnífico.

Até pensei em pedir uma sobremesa, mas eu não queria tirar o gosto do cordeiro da minha memória. Então, depois de 50 euros, 5 fotografias, e 20 minutos esperando depois de ter perdido o bonde por causa das 5 fotografias, estava descendo de volta para o mundo proletário. Como toda experiência na Grécia parece ter alguma participação de taxistas, essa não foi diferente. Lá em baixo, um taxista estava tentando me extorquir cobrando 14 euros por uma viagem que não devia ter 1 km. Foi uma ótima oportunidade pra dar uma caminhada.

Depois eu cheguei no hotel, e fica meio sem nada pra contar, então só resta parar de escrever.

Beijos pra minha esposa e abraços pra os demais.